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Oposição critica veto de Motta às comissões durante recesso

A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de proibir reuniões de comissões durante o recesso parlamentar gerou protestos entre a oposição. Em coletiva de imprensa, parlamentares classificaram a medida como “ilegal” e acusaram o comando da Casa de cercear o trabalho legislativo. A publicação da decisão no Diário Oficial da Câmara frustrou planos de comissões de Relações Exteriores e de Segurança Pública, que haviam convocado reuniões extraordinárias para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a decisão não tem amparo no regimento interno da Casa. “A única autoridade que poderia deliberar durante o recesso seria o presidente em exercício, Elmar Nascimento. A decisão de Hugo Motta é antirregimental e ilegal”, afirmou. Sóstenes também criticou: “A censura começou com a caneta de Alexandre de Moraes e agora continua na Câmara. Me sinto amordaçado numa Casa que deveria ser do povo.”

Os parlamentares da oposição argumentam que o recesso branco não impede a realização de comissões ou sessões extraordinárias. Um requerimento para convocar uma sessão fora da agenda regular foi protocolado para votar projetos que desafiam o STF, incluindo uma moção de louvor a Bolsonaro. “Ele foi o único homem que ousou falar sozinho nessa tribuna quando todos se calavam. É um dos maiores líderes desta nação”, disse o deputado Luciano Zucco (PL-RS).

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