Nos últimos anos, um novo estilo musical, o agronejo, começou a ganhar espaço no Brasil, conquistando as playlists, redes sociais, festas do interior e palcos de todo o país. O agronejo, uma fusão de “agro” e “sertanejo”, é mais que um gênero musical; é a voz contemporânea do campo, representando o agronegócio, os jovens rurais e a vida no interior. Com raízes no agro, suas letras exaltam a vida rural, o trabalho com a terra, rodeios, tratores e o amor vivido nas estradas de chão. Ana Castela, com apenas 20 anos, é a principal representante desse movimento, destacando-se com vídeos nas redes sociais cantando sobre a vida na fazenda.
Ana Castela, natural de Sete Quedas, Mato Grosso do Sul, se tornou o rosto e a voz do agronejo com seu hit “Boiadeira”, que viralizou nas redes: “Sou da vida do campo, da lida e do gado / Sou raiz de verdade, chapéu e cavalo”. Desde então, acumulou sucessos, parcerias com artistas como Luan Pereira, Léo & Raphael, Simone Mendes e Gustavo Mioto, e milhões de ouvintes nas plataformas de streaming. Ana representa uma mudança de narrativa, trazendo uma voz jovem e moderna ao campo, antes retratado de forma idealizada ou distante.
O agronejo nasceu da nova juventude rural brasileira, conectada e consumidora de internet e redes sociais, mas sem abandonar sua cultura agropecuária. Esse movimento se intensificou a partir de 2020, com influenciadores rurais destacando-se no TikTok, Instagram e YouTube, compartilhando a rotina no campo e tocando músicas com estética agro. Músicos começaram a criar letras com forte ligação com a produção rural, rodeio, agronegócio e os valores da vida simples no interior, atualizando o sertanejo para falar com os jovens do agro.
