Da tradição familiar à conquista global: como um produtor mineiro transformou cachaça em negócio internacional

No Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais, a produção artesanal de cachaça iniciada pelo bisavô João Rocha Gusmão nos anos 1930 evoluiu para um empreendimento moderno nas mãos de Halyson Gusmão. O que começou com plantio de cana e destilação rústica à beira de uma estrada de ferro passou de geração em geração, chegando ao pai de Halyson, Carlos Avelino. Hoje, Gusmão gerencia toda a cadeia produtiva, da colheita ao envelhecimento e comercialização, resumindo o legado como algo que “tá no sangue”.

A virada ocorreu quando Gusmão buscou o Sebrae/MG para legalizar o negócio, obtendo orientação passo a passo até o registro no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Além da regularização, o Sebrae auxiliou na estruturação do marketing digital, com criação de site e presença nas redes sociais. Cursos como o Empretec impulsionaram as vendas, que agora ocorrem majoritariamente via Instagram e WhatsApp Business, reduzindo viagens semanais de mais de mil quilômetros para pedidos virtuais.

Essa transição trouxe praticidade e expansão, com a cachaça chegando ao Canadá e aos Estados Unidos. Participando pela segunda vez de feiras internacionais de turismo, Gusmão fechou contratos em rodadas de negócios e foca na Rota Bahia-Minas. A combinação de tradição familiar e inovação demonstra como apoio institucional pode revitalizar empreendimentos rurais, com Gusmão destacando o suor e dedicação por trás do sucesso.

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