Líderes das Américas unem forças para impulsionar instituto agrícola hemisférico

Um grupo de 12 líderes políticos, empresariais e acadêmicos das Américas divulgou um documento defendendo o fortalecimento do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), sediado na Costa Rica. De acordo com os signatários, o IICA é essencial para o desenvolvimento da agropecuária no continente, atuando em áreas como ciência, sanidade agropecuária, cooperação técnica e comércio internacional. O texto destaca o papel estratégico da instituição na formulação de políticas públicas, no apoio técnico a governos e produtores, e na criação de marcos regulatórios baseados em ciência.

Entre os signatários estão a senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura do Brasil, o norte-americano Kip Tom, ex-embaixador dos Estados Unidos junto a agências da ONU para alimentação e agricultura, e o argentino Gustavo Idígoras, presidente da CIARA-CEC e do Conselho Agroindustrial Argentino. Outros nomes incluem Roberto Perosa, da ABIEC, o cientista Rattan Lal, a empresária Susana Balbo, o ex-presidente da República Dominicana Hipólito Mejía e o ex-diretor-geral do IICA Chelston Brathwaite. O documento enfatiza contribuições do instituto na articulação entre países para eliminar barreiras sanitárias e fitossanitárias, como o combate conjunto à mosca-do-berne por México e Estados Unidos.

Criado em 1942 como resposta aos impactos da Segunda Guerra Mundial na produção e comércio de alimentos, o IICA atua como braço técnico da Organização dos Estados Americanos (OEA) para assuntos agrícolas. A carta descreve o instituto como uma ponte de cooperação entre setores público e privado, governos, academia, produtores e organismos internacionais, ajudando a resolver desafios comuns com base na ciência.

Os líderes argumentam que fortalecer o IICA representa um investimento em inovação agrícola, segurança alimentar, desenvolvimento rural e sustentabilidade, pedindo apoio político e financeiro para que continue sendo referência em temas como solos, água, saúde vegetal e animal, mudanças climáticas e inclusão social no campo.

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