As contas do setor público consolidado registraram um déficit primário de R$ 47,1 bilhões em junho deste ano, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (31). Esse resultado ocorre quando as receitas provenientes de tributos e impostos são inferiores às despesas governamentais, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. O indicador abrange o governo federal, estados, municípios e empresas estatais, e reflete desafios na gestão fiscal em meio a pressões econômicas.
Apesar do saldo negativo, o Banco Central destacou uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o déficit foi de R$ 40,8 bilhões. No entanto, esse é o pior resultado para o mês de junho desde 2023, ano em que o déficit alcançou R$ 48,9 bilhões. Os valores não foram ajustados pela inflação, o que pode influenciar a percepção do desempenho real.
O breakdown do déficit revela que o governo federal contribuiu com um saldo negativo de R$ 43,5 bilhões, enquanto estados e municípios registraram um déficit de R$ 954 milhões. As empresas estatais, por sua vez, apresentaram um resultado deficitário de R$ 2,61 bilhões, somando-se aos fatores que pressionam as contas públicas e demandam atenção para o equilíbrio fiscal no contexto político atual.