Tarifas de Trump e demanda global abalam preços de commodities agrícolas

O cacau registrou uma forte queda na bolsa de Nova York nesta quinta-feira (24/7), com os contratos para setembro caindo 3,74%, para US$ 8.124 a tonelada, praticamente anulando os ganhos da sessão anterior. Os investidores estão preocupados com a demanda enfraquecida, após quedas nas moagens no segundo trimestre e relatos de empresas do setor de chocolates. A consultoria Barchart informou que a Barry Callebaut reduziu sua projeção de volume de vendas pela segunda vez em três meses, citando preços altos persistentes do cacau, e reportou uma queda de 9,5% nas vendas de março a maio, a maior em uma década. Já a suíça Lindt espera margens menores este ano devido à redução nas vendas de seus produtos.

Enquanto isso, o suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) continua em alta, com os lotes para setembro subindo 0,71%, para US$ 3,3895 a libra-peso, marcando a sexta valorização consecutiva. O movimento reflete receios de que as sobretaxas propostas por Donald Trump possam impactar as exportações brasileiras, já que o Brasil é o maior exportador mundial do produto, gerando incertezas no mercado global.

Outras commodities também avançaram: o café para setembro subiu 1,16%, para US$ 3,0485 a libra-peso, apesar de fundamentos inalterados; o açúcar para outubro ganhou 2,03%, para 16,57 centavos de dólar a libra-peso; e o algodão para dezembro aumentou 0,69%, para 68,71 centavos de dólar a libra-peso.

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