A Casa Branca reagiu, nesta quinta-feira (17/7), às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou a política de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Lula classificou a atitude como uma “imposição” e afirmou que Donald Trump não foi eleito para ser um “imperador do mundo”. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, defendeu que Trump atua como um líder global e “não está tentando ser o imperador do mundo”. As críticas de Lula foram feitas em entrevista à CNN Internacional, onde ele ressaltou que o Brasil deve cuidar de seus próprios interesses e rejeitar imposições externas.
Leavitt também aproveitou para criticar a forma como o Brasil lida com questões como propriedade intelectual, desmatamento ilegal e práticas ambientais, alegando que isso coloca produtores e fabricantes americanos em desvantagem competitiva. Essas declarações estão relacionadas a uma investigação conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), que examina se práticas comerciais brasileiras prejudicam os interesses americanos. A investigação abrange desde o método de pagamento Pix até tarifas de importação, violações de propriedade intelectual, como as ocorridas na Rua 25 de Março em São Paulo, além de questões de etanol, corrupção e desmatamento.
A investigação foi iniciada com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA de 1974, prevendo consultas diplomáticas e uma audiência pública em 3 de setembro de 2025. Empresas e entidades interessadas podem enviar comentários até 18 de agosto.