A evolução do agronegócio brasileiro demanda profissionais com habilidades técnicas, visão estratégica e capacidade de adaptação, tornando a educação continuada essencial para quem atua no campo ou nos bastidores, como em indústrias, instituições financeiras e empresas do setor. Programas que integram teoria e prática, como os do Instituto Pecege, destacam-se por atender essa necessidade. Débora Planello, especialista em marketing agroindustrial e diretora do Pecege, enfatiza que a educação no agro deve ser aplicada à realidade para formar profissionais preparados para os desafios. Com mais de 10 anos de experiência em empresas como Cargill e Seara, ela defende uma comunicação assertiva que compreenda a cadeia produtiva, priorizando temas como ESG, mercado de carbono, gestão de negócios e inovação.
A educação corporativa é uma aposta do Pecege para empresas do agronegócio, oferecendo programas personalizados para equipes em instituições financeiras, tradings e fornecedores de insumos. Segundo Planello, isso amplia a visão de negócios e fortalece decisões, melhorando a performance e alinhando comunicação entre setores. Além disso, o protagonismo feminino ganha destaque: em cursos de pós-graduação no agro, 38% dos alunos são mulheres, subindo para 53% com incentivos como bolsas. No entanto, em programas de liderança como o Agro CEO, a participação feminina é inferior a 10%, o que motiva discussões sobre turmas exclusivas para mulheres, visando um ambiente seguro para trocas e fortalecimento da confiança.
Planello ressalta que as mulheres muitas vezes não se sentem prontas para liderar, mas a capacitação é um processo contínuo que exige coragem para se posicionar. Em entrevista ao programa A Protagonista, com a jornalista Jaqueline Silva, ela compartilhou detalhes de sua carreira, os bastidores da educação no agro e os avanços na participação feminina, destacando a necessidade de ações específicas para mudar esse cenário.